O Ceará é a terra do cinema. Pelo menos é isso, ou algo nesse espírito, que dizia uma publicidade estatal que encontrei, meio por acaso, em uma revista especializada do começo dos anos 2000. Ele referia-se, no caso, às nossas condições climáticas: muita luz e pouca chuva, além de incentivos de política pública voltados a estimular o uso do estado como locação de produções nacionais e internacionais.
Hoje em dia, e por motivos bem diversos, não sei se diria que o Ceará é a terra, mas com certeza diria que, Fortaleza, ao menos, é uma terra de cinema. Nunca se fez, ao menos, tantas coisas legais, ou pelo menos não se fazia a tanto tempo, como meu pouco tempo de vida, pouco mais de vinte e dois anos, poderam dar conta até agora, tanto pelo que vi, como pelo li ou ouvi falar.
Acho que a gente vive um momento único. Temos ao menos três cursos de cinema funcionando regularmente na cidade: UFC, Unifor e Vila das Artes, através da Escola de Audiovisual. É muita vontade de cinema. Boa parte do que tem sido produzido nesses espaços, porém, tem circulado muito pouco, inclusive entre os próprios estudantes. A idéia da Mostra Livre surge daí: fazer ver e, através dessa visibilidade, refletir sobre o que tem sido produzido na cidade pelos seus estudantes de cinema. Menos do que um festival, a idéia é de um pequeno espaço de encontros, de descobertas. Reunir, enfim, quem gosta e está começando a produzir cinema na cidade, além das pessoas que estão interessadas simplesmente em conhecer essa produção, o que é tão importante quanto. Sintam-se bem vindos.
Bruno Reis*
*estudante da Escola de Audiovisual e parte do coletivo de estudantes e não-estudantes que puxa a mostra.
Equipe:
Dayse Barreto, Bruno Reis, Samuel Brasileiro, Lara Vasconcelos, Elisa Ratts, Diogo Braga, Camila Vieira, Breno Baptista, Victor Costa, Luciana Vieira e Salomão Santana.
Apoio:
UFC, Unifor, Vila das Artes, Sobrecinema e Casa Amarela Eusélio de Oliveira.
